terça-feira, 4 de maio de 2010

detalhes da minha deficiência (im)pessoal


Amante das palavras que sou, e sempre fui;
me perco facilmente;
Entre linhas, entre lábios - que seduzem de movimentos.
É doce perceber as letras se aproximando, se desejando, se amando um pouco mais a cada instante.
Ver, em seguida, frutos desse amor, as palavras que brotam e se  fazem: frases, discursos, livros.
Parágrafos que esboçam sentimentos - meus, seus, deles (nossos.)
Por este tão farto mundo paralelo é que deixo trabalhar meu ouvido. Que sente e transmite à alma e ao coração o que jamais conseguirei tocar.
E assim, nessas minhas andanças poéticas, me perdendo e me encontrando entre pontos, vírgulas e interrogações, exclama em mim a notícia de que minha deficiência está nos olhos - que não podem ser tão grandes para abrigar esses ninhos de palavras que me abraçam.

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